Fatores de risco para doenças cardiovasculares e estado mental em estudantes e funcionários de uma universidade pública
As doenças cardiovasculares (DCV) são uma das principais causas de morte globalmente, contribuindo para um número significativo de óbitos a cada ano. No Brasil, essa preocupação também é crescente, com um aumento notável nas taxas de mortalidade por DCV nas últimas décadas. Essas doenças estão frequentemente associadas a fatores de risco modificáveis, como obesidade, sedentarismo, dieta inadequada, tabagismo e estresse, além de fatores não modificáveis, como idade e hereditariedade.
Este projeto tem como objetivo principal identificar, avaliar e prevenir os fatores de risco para DCV em estudantes e funcionários da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Através de um questionário abrangente, pretendemos obter informações valiosas sobre a prevalência desses fatores de risco, bem como o estado mental dos participantes.
Além disso, estamos empenhados em fornecer materiais educativos digitais que visam sensibilizar e informar os participantes sobre a importância da saúde cardiovascular e do bem-estar mental. Queremos direcionar nossos esforços para a eliminação ou redução dos fatores de risco modificáveis mais comuns em nossa região, contribuindo assim para a prevenção das DCV e para o cuidado da saúde mental da população estudada. Nosso projeto visa capacitar os participantes com informações e recursos para adotar estilos de vida mais saudáveis, promovendo, assim, uma comunidade mais consciente da importância da saúde cardiovascular e do equilíbrio emocional.
Para aprofundar seu conhecimento e adotar práticas de autocuidado, acesse o Manual de Atenção Cardiovascular, produzido pela Universidade Federal de Viçosa.
Esse projeto que está sendo realizado na UNIRIO já foi realizado de forma semelhante na Universidade Federal de Viçosa, o qual teve como foco determinar a prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares e rastrear o estado mental de estudantes e funcionários, estabelecendo possíveis correlações entre esses fatores, idade e sexo dos participantes.
A análise dos dados mostrou que as mulheres apresentaram escores significativamente mais altos de ansiedade (BAI), depressão (BDI) e saúde mental geral (SQR-20) em comparação aos homens. Esses resultados sugerem que as mulheres na universidade podem estar sob maior pressão acadêmica e familiar, além de enfrentarem desafios relacionados à variação hormonal.
Além disso, a pesquisa identificou que a maioria dos participantes era jovem, com menos de 30 anos, e predominantemente estudantes. Isso destaca a necessidade de intervenções específicas para essa faixa etária, que parece ser mais vulnerável a problemas de saúde mental. A homogeneidade nas proporções dos centros acadêmicos também indica que os resultados são representativos de toda a universidade. Outro ponto relevante foi a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e os escores de saúde mental. Participantes com IMC mais elevado tendiam a apresentar escores mais altos de ansiedade e depressão, sugerindo que o peso corporal pode influenciar negativamente a autoestima e a qualidade de vida.
Com os resultados, foram produzidos gráficos e tabelas que ilustram os índices Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), que podem ser acessados a seguir: