Inventário de Depressão de Beck
O Inventário de Depressão de Beck (DBI), criado por Aaron T. Beck e seus colaboradores na década de 1960, é uma das ferramentas mais amplamente utilizadas no campo da psicologia e da psiquiatria para avaliar a gravidade da depressão em indivíduos. Este inventário foi desenvolvido como uma maneira sistemática de medir os sintomas da depressão e auxiliar os profissionais de saúde mental no diagnóstico e na avaliação do progresso do tratamento.
O DBI é composto por 21 perguntas que abordam uma variedade de sintomas depressivos, como tristeza, perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas, distúrbios do sono, sentimentos de culpa e autoavaliação negativa, entre outros. Cada pergunta é formulada em uma escala de múltipla escolha, na qual o paciente deve escolher a alternativa que melhor descreve a intensidade do sintoma que está experimentando. As respostas são pontuadas e somadas, resultando em uma pontuação total que pode variar de 0 a 63 pontos.
Com base na pontuação total obtida pelo paciente, os profissionais de saúde mental podem classificar o grau de depressão em quatro categorias principais:
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Sem depressão ou depressão mínima: Pontuações baixas indicam a ausência ou presença mínima de sintomas depressivos.
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Depressão leve: Pontuações moderadas indicam a presença de sintomas depressivos leves.
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Depressão moderada: Pontuações intermediárias sugerem a presença de sintomas depressivos moderados.
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Depressão grave: Pontuações altas indicam a presença de sintomas depressivos graves.
O DBI é valioso não apenas para fins de diagnóstico, mas também para avaliar a eficácia do tratamento ao longo do tempo. Os profissionais de saúde mental podem administrar o inventário em várias consultas e comparar as pontuações para determinar se houve melhorias ou pioras nos sintomas depressivos do paciente.
É importante observar que o DBI é apenas uma ferramenta de triagem e avaliação inicial, e não deve ser usado como um substituto para uma avaliação completa e individualizada realizada por um profissional de saúde mental treinado. O diagnóstico da depressão e o plano de tratamento devem ser baseados em uma avaliação abrangente que leve em consideração a história clínica do paciente, seus sintomas, sua situação pessoal e outras informações relevantes.
Se você desejar participar da pesquisa e fazer o Inventário de Depressão de Beck, responda nosso Questionário Completo, que contém o Inventário de Depressão de Beck:
Referencias:
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BECK, A. T.; STEER, R. A.; BROWN, G. K. Manual do Inventário de Depressão de Beck (BDI-II). 2. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
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CUNHA, J. A. Inventário de Depressão de Beck: propriedades psicométricas da versão em português. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 28, n. 5, p. 251-255, 2001.
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PÉREZ, M. G. et al. Utilização de instrumentos de avaliação da depressão na prática clínica: uma revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 12, n. 2, p. 106-116, 2016.
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Associação Brasileira de Psiquiatria. Avaliação de Transtornos Mentais. Disponível em: https://www.abp.org.br/arquivos/avalicao_de_transtornos_mentais.pdf. Acesso em: 06 mar. 2023.
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Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy. Beck Depression Inventory® (BDI®). Disponível em: https://beckinstitute.org/get-informed/beck-depression-inventory-bdi/. Acesso em: 06 mar. 2023.